Escávedas é a primeira aldeia da freguesia a saudar o rio Tanha!
Inserida num vale apertado e íngreme é notável a obra conquistada ao longo de gerações entre as duas encostas, convertendo o terreno outrora inóspito numa área quase totalmente cultivada. São ainda visíveis alguns apontamentos de socalcos em pedra posta com mais de duzentos anos.
Além da produção do vinho, azeite, frutas e legumes, a existência de vários moinhos junto às açudes do rio justificam, de igual modo a produção de alguns cereais para consumo próprio e dos restante povoados de Vilarinho ou de Nogueira. Provavelmente reside neste contexto a justificação sobre o complexo de industria de panificação nos dias de hoje.
Ao longo do tempo as gentes das Escávedas demonstraram um amor persistente à terra. A propriedade, independentemente de cada dimensão, sempre foi sentida como o grande pecúlio e a força motivadora para o trabalho incessante em cada jorna para alimento das famílias. A existência de uma paisagem vinhateira retalhada por oliveiras em bordadura representa bem o interesse dessa dedicação pós herança.
Outra característica, não menos importante é o fervor religioso marcado pelo culto mariano com a colocação das imagens de Nossa Senhora de Fátima e Virgem de Monsarrate, a capela dedicada a S. Pedro. Não deixamos de assinalar o interesse artístico e patrimonial das pinturas expostas na sacristia que evocam o testemunho de milagres “… q fez nosso Senhor Da Capela das Escabedas” em 1788, 1806, 1840, 1859 e 1868.